
O dólar americano chegou a abrir a semana sob pressão, mas ao longo do dia se recuperou em meio aos rendimentos mais elevados dos EUA e antes dos dados cruciais do mercado de trabalho
2022-11-16 • Atualizado
O Índice de Preços ao Produtor de outubro nos EUA que mostra a inflação no atacado caiu para uma taxa anualizada em 8.0% A/A, aumentando a especulação em torno do FED, no alívio no ritmo de aperto, número que diminuiu as pressões sobre os preços, e devem continua a impulsionar ativos de alto rendimento essa semana, e pesando sobre a moeda americana. No entanto, uma preocupação aparece no horizonte, que poderia mudar esse cenário. A Rússia está sendo acusada por um alto funcionário da inteligência dos EUA de que mísseis lançados contra a Ucrânia tenham atingido a Polônia, membro da Otan, onde duas pessoas morreram.
Se confirmado, o ataque marcaria a primeira vez na guerra que armas russas caíram sobre um país da OTAN, e uma forte aversão ao risco pode azedar os mercados.
O calendário Econômico dessa quarta-feira, está bem robusto, com o Reino Unido lançando os números da inflação de outubro, prevista para um aumento de 10.7% A/A, dos 10.1% do mês anterior. Os EUA publicam seu Núcleo de Vendas no Varejo e as Vendas no Varejo, e logo mais no finalzinho do dia, a Austrália libera dos dados de emprego.
A taxa de inflação anual no Reino Unido subiu para 10,1% em setembro de 2022, de 9,9% em agosto, retornando à alta de 40 anos atingida em julho e superando as expectativas do mercado de uma taxa de 10%. A maior contribuição para o aumento veio dos alimentos. No entanto, os custos ao consumidor também cresceram acentuadamente para habitação e serviços públicos (20,2% vs 20%), em meio ao aumento dos preços de eletricidade, gás e combustíveis domésticos.
Estima-se que a inflação para outubro chegue na casa dos 10.7%, e 11,10% até o final deste trimestre.
As perspectivas para os touros do par GBPUSD são positivas, depois que o IPP nos EUA, trouxe de volta o otimismo ao mercado, e o par foi visto fazendo uma nova máxima em 1.2032, mas caiu rapidamente depois que fatores geopolíticos trouxeram preocupações, e agora é visto sendo negociado ligeiramente acima de seu suporte chave de 1.1860.
Dito isso, os investidores agora aguardam os números da inflação do Reino Unido e as Vendas no Varejo nos EUA. Olhando para o alto, os compradores precisam eliminar a zona de resistência psicológica em 1.1900, que poderia abrir as portas para a máxima da semana, logo ordens de compras devem ser consideradas caso essa zona seja violada.
Por outro lado, a zona de 1.1900-1.2000, podem ser um atrativo para os ursos voltarem pesados ao mercado, já que o IPC no Reino Unido não dá trégua levando a economia britânica a beira de uma recessão, logo ordens de vendas devem ser consideradas, caso aconteça um fechamento de 4 horas abaixo de seu suporte imediato em 1.1860
Preço de abertura do dia: 1.1863
Máxima: 1.1887
Mínima: 1.1838
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Nesta segunda-feira o calendário estará suave, mas os investidores permanecem otimistas e devem procurar mais lucros antes dos relatórios de emprego nos EUA, que inclui a oferta JOLTS e emprego privado ADP, antes das NFP
O Índice Básico de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) e os pedidos semanais de seguro-desemprego podem provocar mais perdas para o dólar americano, caso a inflação desacelere ainda mais e o mercado de trabalho se mostre mais fraco, com mais pedido de seguros
A economia dos EUA provavelmente criou 180 mil empregos em novembro de 2023, superior aos 150 mil em outubro, impulsionada pelas contratações na indústria e na informação, após o fim das greves do Sindicato de atores de Hollywood
Agora é a vez do euro sofre forte liquidação em meio as especulações de que o Banco Central Europeu começara a imprimir cortes nas taxas no início do próximo ano.
Além do relatório da ADP, os investidores estarão atentos aos números dos custos unitários do trabalho no setor empresarial não agrícola dos EUA
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