Cúpula do G20
Após meses de uma pesada batalha comercial, o encontro entre os líderes americano e chinês talvez seja o mais importante do evento que ocorre na Argentina.
Os líderes mais poderosos do mundo se encontrarão nesta semana após meses de uma amarga batalha comercial. Resta saber se os próximos capítulos terão como desfecho a conciliação ou a desarmonia.
Donald Trump e Xi Jinping têm tido um relacionamento muito complicado. No ano passado, o presidente americano parecia ser aquele que buscava a aproximação, enquanto a China estava na posição de quem dava as cartas.
Tanto que, nesse período, Trump não chegou a culpar a China pelo superávit comercial com os EUA, atribuindo a situação - ou seja, o fato de que os americanos importaram mais do país asiático do que exportaram para lá - a gestões anteriores.
Em resposta, a China afirmou que reduziria as barreiras de entrada para estrangeiros em seu mercado interno para alguns setores, fazendo com que investidores de todo o mundo dessem um suspiro de alívio.
Mas, em 2018, o relacionamento entre as duas potências mudou radicalmente. Tarifas "de revanche" anunciadas em tuítes fomentaram uma guerra comercial que é, na verdade, uma ameaça mundial.
Os EUA têm preocupações legítimas sobre seu acesso ao mercado na China, segundo avaliação do Instituto Brookings, um centro de pesquisas sediado em Washington. Mas as tarifas sobre transações comerciais não são sempre o problema.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou sábado (1º) em suspender durante 90 dias o seu plano de subir de 10% para 25% as tarifas americanas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões, enquanto negocia com Pequim "mudanças estruturais" a sua política econômica.
O momento é de expectativas visando a reação do mercado a esse afrouxamento das tarifas americanas aos produtos chineses