Leilão de aeroportos derruba o dólar
Visão Fundamentalista e técnica:
A moeda americana até que tentou acelerar os seus ganhos na sexta-feira (15), durante a abertura da bolsa, chegando a fazer a máxima de R $ 3.86, mas veio perdendo força, gradativamente, ao logo do dia, fechando ao preço de R$ 3.81.
Com a melhora no desempenho de ativos de risco no exterior, bem como a forte demanda de estrangeiros no leilão das concessões de alguns aeroportos brasileiros, o real veio ganhando terreno e a força vendedora assumiu o controle, com um volume muito expressivo.
A queda do dólar não foi apenas sentida ante o real brasileiro, mas também foi o reflexo do movimento da moeda norte-americana, no exterior, ante a seus principais adversários como o euro, a libra e o iene japonês, que foram beneficiados pela expectativa de que o Federal Reserve (FED) manterá sua postura paciente, em relação a futuras altas de juros. Isso sem contar com o noticiário sobre as negociações comerciais entre China e EUA.
No gráfico diário é clara a tendência altista do par, corroborada pelo indicador técnico MACD, que está em terreno positivo, sem contar que o preço é visto acima das médias de 50 e 100 períodos , encontrando uma resistência dinâmica formada pela média de 200 períodos.
Sua resistência imediata está em R$ 3.82, que segurou o preço, mas os olhos dos investidores estarão voltados, esta semana, para a Reforma da Previdência, que deve começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Um pequeno deslize nas negociações, fatalmente elevaria o dólar a patamares maiores, como primeiro alvo, a região de resistência citada e, posteriormente, ao preço de R$ 3.90.
Já do lado negativo, a área a se ter atenção está em R$ 3.80 que, se rompida, aliada a um possível bom andamento nas negociações da reforma previdenciária, poderá levar o par inicialmente a R$ 3.68.