A preocupação com a oferta global mais restrita provocada pela escalada do conflito no Médio Oriente poderá impulsionar os preços do petróleo neste início de semana
Acabou o rally do petróleo?
2022-11-30 • Atualizado
Na última quinta-feira, dia 2 de junho, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) concordou em aplicar um aumento de 648.000 barris por dia (bpd) à produção em julho e agosto. A decisão substitui o plano anterior, que previa aumento de 432.000 bpd. Apesar da clara movimentação do bloco para conter a disparada do petróleo, o mercado não ficou tão convencido. WTI (XTIUSD) e Brent (XBRUSD) ambos fecharam no verde após as notícias desse dia. Quais são os motivos por trás desse comportamento do mercado de petróleo e com o que devemos contar?
Motivos da reação do petróleo
O fôlego de alta dos preços do petróleo permaneceu intacto por vários motivos. O primeiro deles tem a ver com o fato de que a Rússia ainda é integrante da OPEP+. Apesar de vários pedidos para excluir a Rússia, feitos por grandes importadores de petróleo, o bloco decidiu não fazer isso. Isso dificulta o cumprimento das metas da aliança de produtores. A produção da Rússia já caiu 1 milhão de barris por dia desde o começo do conflito com a Ucrânia e deve continuar em queda. Além disso, o novo pacote de sanções apresentado pela União Europeia na última sexta-feira, dia 3 de junho, inclui um embargo do petróleo russo.
O segundo motivo é que Angola e Nigéria, integrantes da OPEP+, estão com problemas de produção. Assim, a atual variação nos estoques de petróleo é vista como insuficiente. Como os aumentos são repartidos de forma proporcional entre os países-membros, Angola e Nigéria ficarão de fora desse rally do petróleo.
O terceiro motivo é a China e sua flexibilização das restrições contra a covid-19 aplicadas nas maiores cidades no fim de maio. O governo chinês prometeu dar apoio à economia. A retomada da demanda na China provavelmente vai superar a oferta, caso nada mude na produção. Isso dará ao petróleo todas as chances de romper rumo a uma nova máxima.
Por fim, os dados apresentados pela Agência de Informações em Energia, no dia 2 de junho, mostram que o estoque de petróleo americano teve queda de 5,1 milhões de barris na semana passada. Isso também levanta os preços do petróleo.
O que pode rebaixar os preços do petróleo?
A única coisa capaz de mudar a tendência do petróleo neste momento é a demanda da China. Se um novo lockdown for imposto, os preços vão sofrer correção para baixo. Além disso, notícias da Rússia e da Ucrânia também podem ter impacto nas cotações.
Níveis do XBRUSD e do XTIUSD
O preço do Brent (XBRUSD) vem operando dentro de uma cunha de ascensão. Se houver rompimento acima dos US$ 120, a próxima meta estará a US$ 123. Após cruzar esse nível, os compradores terão todo o potencial para voltar a testar a máxima de US$ 130, observada em 8 de março. Pelo lado de baixo, o primeiro suporte se encontra a US$ 110,20.
No caso do XTIUSD, a primeira meta no gráfico diário se encontra a US$ 120. O próximo nível importante está a US$ 124. O suporte do WTI se encontra a US$ 120.
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