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2022-06-23 • Atualizado
Na vez anterior em que o Federal Reserve aplicou um aumento de 0,75% nos juros, o presidente era um democrata no segundo ano do mandato e a bolsa tinha acabado de surfar em dois ótimos anos de grandes ganhos. Não é um cenário tão diferente do atual, exceto por um aspecto: em 1994, não havia o crescente temor da recessão e a inflação não estava em patamares aterrorizantes e fora de controle.
Em novembro de 1994, Alan Greenspan, diretor do Fed na época, anunciou um aumento da taxa de juros, após ter mantido a mesma inalterada ao longo de 1993. Começando nos 3,25%; em janeiro de 1994, os juros passaram o ano todo em alta, chegando até mesmo a subir 0,75% em novembro. A alta veio na forma de sete aumentos em treze meses, entre o começo de 1994 e o começo de 1995, para impedir o superaquecimento da economia.
Em 1994, o aumento foi algo confuso para o mercado e sobretudo para a Casa Branca, então chefiada pelo governo Clinton. A inflação estava em uma mínima de 20 anos, a 2,7%. Contudo, com a forte alta da bolsa americana, o Fed sentiu a primeira onda de calor na economia e temeu a alta da inflação. Assim, o banco central americano, em um posicionamento hawkish, decidiu aumentar os juros preventivamente. Críticos da época chegaram a afirmar que tal medida impediria a economia de crescer. Talvez o Fed realmente tenha abortado um boom econômico em formação.
Em 2022, Jerome Powell, atual diretor do Fed, está em um cenário bem diferente. Ele está tentando apagar o fogo que já se alastrou pela economia americana. A inflação chegou a 8,6%; seu mais alto patamar em 40 anos. Já existe o temor de que os preços levem mais tempo que o esperado para esfriar, mesmo com o Fed subindo os juros agressivamente. Convém lembrar o forte tombo da bolsa americana, que entrou em uma fase de pessimismo (“mercado de ursos”) após registrar um recuo de mais de 22% desde o começo do ano. Também cresce o temor de uma recessão.
Agora, todos estão com medo de que o Fed pise fundo e rápido demais nos freios para esfriar a inflação e acabe desacelerando a economia. Powell quer que a inflação tenha um pouso tranquilo, assim como Greenspan quis em 1994. Mas parece que o pouso vai ser bem turbulento.
Em 1994, os economistas consideraram que o aperto conduzido por Greenspan tinha levado os EUA a um pouso tranquilo, acalmando o mercado e a inflação e, ao mesmo tempo, evitando a recessão que frequentemente vem na esteira de aumentos fortes e repentinos na taxa de juros. Hoje, há uma grande diferença em relação ao bem-sucedido pouso tranquilo de 1994–1995: o posicionamento do Fed.
Ao contrário do Fed de 1994, que estava um passo à frente da inflação, o Fed de hoje deveria ter começado a aumentar os juros gradualmente no início de 2021, quando a inflação deu seus primeiros sinais. Contudo, o banco central americano continuou estimulando a economia com juro zero, compras de títulos mensais e injeção de trilhões em crédito barato no mercado, ao invés de encerrar essas medidas e partir para o ataque à inflação antes que fosse tarde demais.
O mercado agora teme que a abordagem agressiva do Fed à inflação leve a economia a uma recessão. Em 1994, as perdas da bolsa foram mínimas ao longo do ano (queda de apenas 1,2%) e o Fed conseguiu evitar a recessão e esfriar a inflação. O Dow Jones teve mais de 33% de alta em 1995. Em 2022, a bolsa já registra mais de 22% de queda. O Dow Jones foi abaixo do patamar-chave de 30.000 pontos após o aumento de 0,75% nos juros aplicado na semana passada. É por isso que, desta vez, ao contrário de 1994, vender pode ser a melhor estratégia para o US500, o US100 e o US30.
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