2022-08-26 • Atualizado
O barco chamado Mercado estará a mercê dos ventos soprados pelos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, nessa sexta-feira. Os formuladores de política do FED deixaram claro em seus discursos, que a intenção do banco e manter a pegada, até que a inflação esteja sob controle, mas a palavra final deverá vir do chefe. Completando essa Super sexta, teremos os dados de despesas básicas de consumo pessoal (PCE) dos EUA, que podem cair para 4,7% em relação à impressão anterior de 4,8%.
O preço do ouro cedeu grande parte dos seus ganhos no dia anterior, e nessa sessão asiática, é visto ligeiramente positivo com modesto ganho de 0.17% em $ 1.754.
Vale pontuar que, as pressões sob os preços diminuíram com a queda do IPC de julho e com isso diminuíram os riscos da cadeia de suprimentos, fato que poderia sugerir que o Fed diminua um pouco seu tom agressivo, o que pesaria sobre o dólar, enfraquecendo a moeda. Por outro lado, como um segundo cenário provável, o FED mantendo sua política inalterada, mesmo correndo o risco de arrastar a economia americana para uma recessão, fortaleceria o USD em toda linha e em contrapartida, o metal amarelo deixaria de brilhar.
O ouro vem preservando o seu movimento corretivo e chegou a ser negociado na zona de $ 1.765, mas perdeu impulso, em meio a uma nova demanda em torno do USD, e agora é visto sob pressão de venda na zona de $ 1.754. Seu suporte critico é visto logo abaixo em $ 1.750. Caso os ursos encontrem ofertas abaixo dessa zona, o ouro poderia entrar em liquidação e o preço ser arrastado a zona de $ 1.730.
Por outro lado, $ 1.765 é a zona que os touros precisam atacar para buscar um avanço em direção a $ 1.780, mas antes precisa fazer dessa região de $ 1.765 um suporte. Os indicadores técnicos RSI e MACD são vistos em território positivo, mas mostrando uma fraqueza e já viram para o sul.
Preço de abertura do dia: 1758
Máxima: 1758
Mínima: 1752
Depois do arrefecimento da inflação no Reino Unido, é bem provável que o BoE pause os aumentos como fez o FED, ou incremente um aumento 0,25% que poderá pesar sobre a libra. Já o SNB permanece brando podendo elevar sua taxa para 2,00%
A expectativa de inflação alta no Reino Unido vem colocando o BoE em estado de alerta máximo, enquanto o FED dos EUA parece pronto para pausar o aperto em setembro
Nesta terça-feira, a zona do euro e o Canada divulgarão a leitura do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de agosto, enquanto nos EUA, serão liberados dados de habitação e as licenças de construção
O dólar americano mantém o seu reinado frente aos seus rivais, principalmente com relação a zona do euro e ao Reino Unido, apoiado principalmente pelo desempenho superior da economia dos EUA frente a da Europa
Chegamos a última semana do mês de setembro e com ela novos desafios pela frente. A subida dos preços do petróleo para o máximo dos últimos 10 meses criou um novo desafio para controlar a inflação e dentro deste contexto, os legisladores do FED decidiram manter o aperto em sua política monetária, levando a cabo a célere frase “mais alto, por mais tempo”.
Os mercados estarão atentos aos números dos EUA, buscando pistas, já que economia americana pode ter entrado em uma contração, uma vez que o PMI de serviços da S&P Global registrou apenas 50,2 no mês passado, muito próximo a contração que é abaixo dos 50,0
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