
Os últimos dois anos registraram a maior oscilação nos preços do petróleo em 14 anos, deixando mercado, investidores e traders boquiabertos, graças à tensão geopolítica e à adesão a energias limpas.
2022-03-28 • Atualizado
Um mês após a invasão russa da Ucrânia, o mercado de petróleo está mais volátil que nunca, e ainda não está claro o impacto das sanções sobre a produção de petróleo russo e a demanda global pelo recurso. Isso gera duas dúvidas entre os traders: será que a volatilidade vai continuar? Qual é o próximo passo para o petróleo?
Os especialistas do mercado não parecem ter chegado a um consenso sobre a trajetória dos preços do petróleo, já que as principais agências de energia mostraram consideráveis divergências em suas opiniões sobre a produção de petróleo russo.
A OPEP+, bloco liderado pela Arábia Saudita e pela Rússia, pode manter seus planos de produção intactos, mesmo com os preços do petróleo operando nos maiores patamares desde 2008. Quando a OPEP e seus aliados se reuniram, no dia 2 de março, a invasão russa da Ucrânia estava só começando. O bloco reafirmou o aumento de produção de 400.000 barris por dia mensalmente, em vigor desde agosto e cujo objetivo é desfazer os cortes provocados quando a covid-19 atingiu a demanda.
Vários dos grandes consumidores de petróleo, como os Estados Unidos, pediram aos produtores um aumento mais rápido para ajudar a esfriar a disparada dos preços. Até agora, porém, a OPEP+ resistiu a todos os pedidos de aumento de oferta. A próxima reunião do bloco está marcada para 31 de março.
A Rússia é uma integrante essencial da OPEP+, então sua participação é importante. É claro que isso é uma grande fonte de preocupação em meio à guerra na Ucrânia, bem como as sanções. A retirada do petróleo russo do mercado pode levar os futuros do Brent para mais de US$ 200 o barril.
A Agência Internacional de Energia (IEA) alerta que o mundo pode em breve perder três milhões de barris por dia de petróleo russo a partir do mês que vem, depois de alguns países ocidentais aplicarem duras sanções ao governo e a empresas de energia e logística da Rússia.
A queda nas exportações russas de petróleo vai ter impactos diferentes em cada região. Para os EUA, por exemplo, o impacto é bem pequeno, pois as importações oriundas da Rússia respondem por apenas 2% da oferta. A Europa, contudo, é amplamente dependente das importações russas, sobretudo no caso do gás natural. A UE vai ter dificuldades para fazer uma mudança rápida para outras fontes.
O reequilíbrio do mercado de petróleo vai exigir cerca de 2 milhões de barris por dia de oferta adicional por todo o ano de 2022, graças aos níveis de estoque extremamente baixos. Além disso, mais 2 milhões de barris por dia serão necessários no 2º trimestre para aliviar os impactos da retirada do petróleo russo. Se a produção da OPEP+ continuar nos ritmos atuais, as exportações de petróleo iranianas não aumentarem, e a produção anual nos EUA não crescer, estas três fontes juntas produzirão apenas 1,5 milhão de barris por dia.
Se o petróleo iraniano voltar ao mercado, isso pode oferecer mais 1,2 milhão de barris por dia na segunda metade de 2022, deixando uma grande lacuna que só poderia ser preenchida pelos integrantes da OPEP com capacidade ociosa, principalmente Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A expectativa é de que os preços do petróleo apresentem volatilidade no próximo período, com uma série de máximas e mínimas mais altas antes da reunião da OPEP nesta semana, e com indícios cada vez mais fortes de demanda forte e oferta limitada. O petróleo pode tentar testar a máxima recorde (US$ 147) se a Organização revelar pouco interesse por respostas à guerra entre Rússia e Ucrânia. A perspectiva de longo prazo do petróleo permanece baixista, mas mesmo os ursos projetam a continuação da alta dos preços do petróleo neste ano.
Os últimos dois anos registraram a maior oscilação nos preços do petróleo em 14 anos, deixando mercado, investidores e traders boquiabertos, graças à tensão geopolítica e à adesão a energias limpas.
Após meses de pressão da Casa Branca, a Arábia Saudita cedeu e concordou com o aumento de produção junto com os outros integrantes da OPEP+.
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