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2022-12-29 • Atualizado
A economia está à beira de uma recessão, sofrendo com inflação alta e juros altos. Isso corrói os salários, enfraquece a confiança do consumidor e pode gerar demissões nas empresas. Com todas essas tensões, a bolsa tombou e entrou em um mercado de ursos.
A bolsa americana fechou seu pior primeiro semestre em mais de 50 anos, graças à tentativa do Federal Reserve de controlar a inflação e aos crescentes temores em relação a uma recessão e ao crescimento global. Como ficam agora as ações americanas? Será que vai haver uma retomada no segundo semestre de 2022?
O S&P 500 fechou o primeiro semestre de 2022 em um clima ruim, amargurando mais de 20,6% de queda. A última vez que Wall Street teve um semestre tão ruim assim foi em 1970, quando a bolsa registrou um forte sell-off em uma recessão que pôs fim ao que era até então o mais duradouro período de expansão econômica na história dos Estados Unidos.
O índice Nasdaq, em que o setor tecnológico participa com peso, já recuou quase 30% desde o começo de 2022. A forte queda da bolsa americana desfez mais de US$ 9 trilhões em valor de mercado desde o fim de 2021, de acordo com os dados da Bloomberg para o índice S&P 500.
1. A inflação é o principal tema do ano. Suas graves consequências já alcançaram toda a economia.
2. O Fed demonstrou letargia e teimosia quanto ao combate à alta da inflação, mesmo apesar dos vários alertas de que a alta dos preços não seria passageira e iria durar.
3. O humor pessimista e o clima desfavorável estão dominando o mercado, tendo em vista a crescente possibilidade de uma recessão nos EUA e na Europa.
4. O crescimento econômico ficou dependente do expansionismo monetário dos bancos centrais. Somam-se a isso a incapacidade dessas instituições de aplicar o aperto monetário e subir os juros na hora certa e a incapacidade de controlar a inflação.
5. A sequência de aumentos aplicados aos juros foi tão brusca que confundiu o mercado.
6. O Fed insiste em continuar a subir os juros para combater a inflação, apesar dos possíveis riscos à economia, mesmo que isso provoque uma recessão.
A bolsa vem passando por dificuldades desde que entrou no território dos ursos, em junho. A história mostra que a rapidez da queda do mercado neste ano pode ser um sinal positivo, pois as ações estarão em boa posição para uma retomada caso a economia consiga escapar de uma forte desaceleração ou recessão.
A boa notícia é que o mercado de touros mais recente precisou apenas de 161 dias para cair de seu pico e recuar 20%, em comparação com a média de 245 dias dos demais mercados de ursos.
Se o Fed conseguir evitar a recessão, tal como feito na época da bolha da internet (2000–2002) e na crise global (2008–2009), o atual mercado de ursos pode em breve atingir seu ponto de mínimo. O fim deste mercado de ursos vai depender do ritmo de queda da inflação, que, por sua vez, vai definir por quanto tempo o Fed vai apostar nas altas dos juros e quando vai parar.
Se o Fed conseguir controlar a inflação nos próximos meses, o mercado vai se estabilizar e se acalmar. Se o Fed não conseguir isso, este mercado de ursos vai ser apenas o começo de algo maior.
Caso a inflação faça um “pouso suave” e a temporada de lucros indique estabilidade, projetamos o S&P 500 fechando o ano na faixa dos 3.900–4.200 pontos. Se os lucros das empresas caírem nos próximos dois trimestres e a economia entrar em recessão, o S&P 500 pode ir abaixo dos 3.300 pontos.
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