Ondas motrizes e corretivas. Graus de onda

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No primeiro artigo sobre o Princípio das Ondas de Elliott, vimos que no mercado existem ondas. Vamos adiante! Agora focaremos em um dos principais pilares do Princípio, que trata de ondas motrizes e de correção.

O que é onda motriz?

Onda motriz é o movimento de um preço na direção da tendência principal. Em outras palavras, cada onda motriz é um passo à frente durante um rali. Ondas motrizes sempre se subdividem em cinco ondas menores, seguindo certas regras.

E onda corretiva?

Como o nome sugere, a onda corretiva vem após a onda motriz. Logo, durante uma tendência, ondas motrizes e corretivas se formam uma após a outra. Enquanto a onda motriz é um movimento para frente, a onda corretiva é um passo para trás dentro de uma tendência.

Padrões

Todos os padrões de ondas de Elliott são classificados como ondas motrizes e corretivas.

As ondas motrizes são:

- Impulso

- Diagonal líder

- Diagonal final

As ondas corretivas são:

- Zigzag

- Plana

- Triangular

- Zigzag Duplo / Triplo

- Três Duplo / Triplo

Há regras e guias para cada um desses padrões, que examinaremos nos próximos artigos.

Como funciona

Vejamos a contagem de onda real abaixo. Há um incrível rali bullish em USDTRY, sendo possível identificar as ondas motrizes e corretivas. Como podemos ver, há três ondas motrizes (em vermelho) e duas corretivas (em azul) que formam o padrão chamado “impulso“. No entanto, há outra coisa que vale mencionar.

 

Graus de Onda

Você pode ver as ondas menores dentro de cada onda motriz ou corretiva no gráfico acima? Como vimos no último artigo, ondas Elliott são como bonecas russas (Matryoshka), o que significa que cada onda é feita de ondas menores e, ao mesmo tempo, cada onda é parte de uma onda maior.

Pode-se ter, portanto ondas motrizes e corretivas que diferem em tamanho em cada gráfico. Se você quiser fazer uma contagem de ondas, deve identificá-las por meio de certas regras e princípios.

Vida real

Para um melhor entendimento dos graus de onda, vejamos o gráfico abaixo. Há uma onda para cima, que eu marquei como ((i)). Após essa onda, temos uma correção para baixo, que é a onda ((ii)). Assim, encontramos duas ondas.

 

Porém, dentro da onda ((i)) podemos ver algumas ondas menores, que estão um grau abaixo. Ao mesmo tempo, há ondas menores dentro da onda ((ii)). Nós marcamos as ondas de dois graus, mas vamos prosseguir.

 

Como se vê no gráfico a seguir, há ondas menores ainda. Isso significa que podemos subdividir cada onda em ondas menores até atingirmos o menor intervalo de tempo possível. Às vezes pode-se ver ondas lindas parecidas com aquelas mostradas nos livros, mas também pode-se encontrar ondas bem feias, especialmente nos intervalos de tempo intradia.

"Linguagem" das Ondas de Elliott

Você já percebeu que há estilos de marcação distintos para cada grau de onda nos gráficos acima? Isso se chama notação de contagem de ondas, usada para especificar os graus de onda no gráfico e também para melhorar a comunicação entre analistas. Se você não utilizar a notação de onda, será bem difícil explicar sua contagem para alguém.

Veja a partir da tabela abaixo que há uma sequência de números (para ondas motrizes) e letras (para corretivas).

Para ondas motrizes, usamos conjuntos de três numerais romanos e arábicos, que se alternam entre si. Correções são marcadas com conjuntos alternados de três letras maiúsculas e minúsculas. Abaixo do mesmo grau de onda, usamos numerais romanos e letras minúsculas, ou numerais arábicos e letras maiúsculas.

Onde podemos encontrar ondas?

Em todos os lugares. Você pode fazer uma contagem de ondas em qualquer mercado. No entanto, é melhor escolher mercados com boa liquidez por causa da natureza do Princípio das Ondas de Elliott. Se tentarmos contar em um mercado pouco popular com muitas lacunas e barras feias, é provável que tenhamos problemas com isso.

Ademais, é melhor para iniciantes contar em mercados de tendência do que em mercados de consolidação. Por que isso? Porque se tivermos uma longa consolidação, em desenvolvimento há muitos anos, então provavelmente iremos contar uma estrutura de correção bem difícil. Neste caso, há uma boa chance de errarmos porque o risco aumenta conforme sua contagem de ondas vai ficando complicada.

 

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