O que aconteceu?
Na segunda-feira, dia 21 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin assinou decretos de reconhecimento da soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk. Putin também assinou tratados de amizade e assistência mútua com as lideranças desses países.
Na madrugada do dia 24 de fevereiro, o presidente russo realizou uma conferência de emergência e anunciou o começo de uma operação militar especial na República Popular de Donetsk.
“O objetivo é proteger pessoas que há oito anos são maltratadas pelo regime de Kiev”, disse o presidente.
O presidente americano Joe Biden disse que os Estados Unidos e seus aliados vão impor duras sanções porque consideram a operação russa uma invasão. Entre os alvos das sanções estão os setores de energia, bancário e de controle de exportações.
Qual é o impacto da situação no mercado global?
A Rússia é a segunda maior fornecedora de petróleo e segunda maior produtora de gás natural em nível global. Os consequentes riscos de problemas no abastecimento desses recursos naturais levantou rapidamente os preços dos mesmos. O XBR/USD passou dos US$ 100 o barril e o XNG/USD registrou 5% de alta.
O ouro, na qualidade de ativo de refúgio, cresceu mais que outros ativos: a alta foi de 3% e a resistência-chave a US$ 1.960 foi atingida.
Se o conflito se agravar, os recursos naturais vão manter o fôlego. O petróleo pode passar dos US$ 115 o barril e o ouro pode chegar a US$ 2.050 a onça.
O conflito militar também teve impacto nas bolsas mundo afora. No dia 24 de fevereiro, os índices americanos tiveram queda de cerca de 3%. Já o índice chinês Hang Seng desceu 2,7%.
Na pior hipótese, os índices americanos podem cair mais 6%, com o US500 descendo aos 3.900 pontos e o US100 aos 11.000 pontos.
O dólar americano está dominando o mercado de câmbio enquanto ativo de refúgio. Parece que essa tendência vai manter o fôlego, com o AUD/USD indo a 0,7000; EUR/USD procurando suporte a 1,1000; e o GBP/USD podendo cair para 1,3200.
