O mês de abril chegou quente, com a notícia surpresa vinda da OPEP+, que decidiu cortar a sua produção em mais de 1,16 milhões de barris por dia, impactando diretamente nas economias. Além disso, há uma série de dados macroeconômicos de alto impacto; isto é, quase um evento por dia! Pensando nisso, preparamos algumas ideias comerciais, para que você esteja melhor posicionado para encarar todos esses eventos voláteis no mercado.
Vamos começar pelo metal precioso (XAUUSD) por uma perspectiva semanal. Podemos ver claramente o preço pairando em torno de uma grande área de resistência entre US$ 2021-2070, com os touros do ouro preservando firmemente a configuração de alta. No entanto, uma nova pernada em direção à zona de US$ 2070, carece de um fechamento semanal acima dessa resistência imediata em US$ 2021.
Dito isto, este fechamento sustentado precisaria muito mais do que apenas a fraqueza do dólar americano; logo, em meio as expectativas crescentes de um FED mais suave, poderia ajudar aos compradores de ouro a realizar tal movimento.
Por outro lado, percebemos também, que essa zona da grande resistência poderia ser vista como uma região de oferta, e qualquer resultado favorável ao dólar poderia arrastar o preço de volta ao limite de US$ 1.950.
Os fatores ligados a crise bancária, que impulsionaram fortemente o ouro no início de março, parece ter esfriado, quase desaparecendo por completo; logo, podemos concluir que a partir dessa zona, o preço do metal brilhante teria mais motivos para cair, do que realizar novas máximas no ano, que precisaria de uma demanda extrema para ir além dos US$ 2070, máxima do mês de agosto de 2020.
Outro ativo que merece uma atenção especial no mês de abril, é o par EURUSD, que vem ganhando terreno frente ao dólar, em meio as expectativas de que o FED dos EUA realizará brevemente uma pausa em seus apertos de juros, indo em direção oposta a seu colega europeu, o BCE, que promete novos aumentos enquanto a inflação permanecer alta.
Tecnicamente por uma perspectiva semanal, os touros saltaram mais alto logo nos primeiros dias do mês e o par vem sendo negociado em torno de 1,0965, um importante SMA de 100 períodos que fornece resistência dinâmica imediata. No entanto, os touros não parecem exaustos e ainda há espaço para um novo teste a sua máxima do ano em 1,1030, acima da qual a grande resistência de 1,1200, uma SMA de 200 períodos espera o preço.
Enquanto o preço permanecer acima da sua zona chave de suporte em 1,0800, ou 61,8% da retração de Fibonacci, da última queda da região de 1,1500, iniciada em agosto de 2021, os touros se manterão esperançosos de voos mais altos, quem sabe até fechar os 100,0% da correção.
Pelo lado dos ursos, as coisas parecem limitadas, já que para voltar ao controle, eles precisariam arrastar de forma sustentada o preço para baixo de 1,0580, onde o movimento de queda seria retomado e uma revisita a 1,0360 estaria garantida.
Os preços do petróleo simplesmente dispararam no curto prazo, depois que a OPEP+ cortou boa parte de sua produção. Fato que não agradou a Casa Branca, que reagiu com falas duras do presidente dos Estados Unidos, Biden, dizendo que o grupo OPEP+ por seus cortes de produção, usou de camaradagem com a Rússia atingida por sanções.
Na realidade o futuro do ouro negro ainda não está claro. O preço do petróleo vem caindo nesta terça-feira (04), depois que os planos da Opep+ de cortar mais produção sacudiram os mercados no dia anterior, com a atenção dos investidores voltando-se para as tendências da demanda e o impacto dos preços mais altos na economia global.
Tecnicamente, por uma perspectiva semanal de longo prazo, o WTI mantém sua configuração de baixa. Esse movimento por uma perspectiva técnica, poderia ser visto como uma correção, pois uma pernada mais ampla, carece de um fechamento semanal acima da zona de US$ 84.00, sua resistência chave, e uma SMA de 100 períodos, que reforça a região. Uma fuga acima dessa marca, poderia aguçar os compradores para um salto maior em direção a US$ 93.00, um ponto alto do mês de novembro de 2022, não descartando uma subida acima de US$ 100 o barril.
Por outro lado, os vendedores estarão à espreita abaixo de US$ 76.07, e não excitariam empurrar o preço de volta as mínimas recentes em US$ 66.68, uma importante zona onde o preço encontra uma SMA de 200 períodos, que evitou uma queda maior no preço.
Conclusão: em relação ao euro, as perspectivas fundamentais e técnicas apoiam a compra da moeda comum europeia, já se tratando das commodities (ouro e petróleo), uma combinação de fatores ligados aos dados macroeconômicos serão de vital importância para futuros movimentos.
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Na quarta-feira (13), serão publicados os números do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos, às 09:30, horário de Brasília, com transmissão ao vivo pelo nosso canal do Telegram…
Nesta quarta-feira (06), O Banco do Canadá estará realizando a sua reunião de política monetária, às 11:00, horário de Brasília…
Na sexta-feira (22), o Banco do Japão (BOJ) estará realizando a sua reunião de política monetária, às 00:00, horário de Brasília, para decidir o futuro de suas taxas…
Nesta quarta-feira (19), o Comitê Federal de Mercado Aberto – FOMC, fará a sua reunião de política monetária, às 15:00, horário de Brasília, para decidir o futuro de suas taxas, evento que estaremos acompanhando ao vivo no canal do Telegram…
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