Antes de entrarmos na parte puramente técnica do ouro (XAU/USD), é necessário fazermos algumas observações para esta semana de 20 a 24 de novembro. A primeira coisa a ser observada ou monitorada de perto, são os rendimentos a 10 anos nos Estados Unidos, uma vez que tem uma forte influência nos movimentos do ouro. O rendimento do título de referência do Tesouro dos EUA a 10 anos, que atingiu o seu nível mais baixo em cerca de dois meses, com os investidores apostando que a campanha de subida das taxas da Reserva Federal dos EUA poderia finalmente terminar, mantém os compradores do metal amarelo na vanguarda, e com o caminho pavimentado para uma possível extensão do movimento ascendente a zona de US$ 2,000, e este é um cenário positivo para os compradores do ouro.
Além da liquidação dos rendimentos dos EUA, o outro fator que vem exercendo forte influência no metal precioso, são as incertezas persistentes no Médio Oriente. Neste domingo, militantes do Hamas enfrentaram forças israelenses que tentavam invadir o maior campo de refugiados de Gaza e ataques aéreos israelenses ao sul, que mataram dezenas de palestinos, acirraram ainda mais os ânimos. Enquanto isso, uma reportagem da mídia dos EUA sobre um acordo nascente de libertação de reféns foi negada.
Esta semana será curta para os mercados nos Estados Unidos, que não abrem na quinta-feira (23) e fecham mais cedo na sexta-feira (24) devido ao feriado do Dia de Ação de Graças.
Ao analisarmos o calendário econômico dos EUA, teremos como carro chefe as Atas da última reunião do FOMC, que provavelmente não trarão qualquer surpresa, além disso teremos dados de habitação, bens duráveis e o PMI de serviços da S&P Global, e a menos que haja uma demanda ressurgente decorrentes dos dados dos EUA, que poderão revigorar o dólar americano, a perspectiva fundamental apontam para uma semana difícil para o USD em toda linha.
Os preços do ouro vêm se beneficiando da fraqueza em torno do USD, principalmente depois do IPC dos EUA mais fraco do que o esperado, que colocou o dólar em liquidação, rompendo a importante zona de US$ 1.950 e imprimindo uma alta de US$ 1.993 na sexta-feira (17), quando recuou para fechar a semana em torno de US$ 1,980.
As perspectivas técnicas permanecem positivas com o preço bem sustentado acima de todas as suas médias móveis de 20, 100 e 200 períodos.
O lado positivo recebe o apoio imediato das médias de 20 e 100 períodos em torno de US$ 1,970. Logo, uma extensão deste movimento a essa região, seria visto como uma nova oportunidade de comprar o mergulho, com alvo em torno de sua resistência imediata em US$ 1,990, acima da qual, após um fechamento de 4 horas, o caminho estaria pavimentado para os limites de “ouro” em US$ 2,000, não descartando um salto mais alto a US$ 2,020, um ponto alto de maior deste ano.
Por outro lado, os vendedores precisam recuperar a zona de US$ 1,950 para aliviar a pressão compradora. Logo, um movimento sustentado abaixo de seu suporte imediato em US$ 1,970, poderia aguçar o apetite dos vendedores a arrastarem o preço mais baixo. No entanto, se a zona de suporte critica em US$ 1,930, uma SMA de 2000 períodos, for violada, os ursos tomariam o controle no curto prazo, e arrastaria o preço aos limites de US$ 1,900.
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