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Por muito tempo os traders consideraram as Folhas Não Agrícolas (NFP) americanas como a publicação mais importante do mercado. Agora, porém, a situação mudou. É o índice CPI americano que movimenta o mercado financeiro.
A Agência de Estatísticas do Trabalho americana (BLS) vai liberar os dados mensais do índice CPI e seu núcleo no dia 10 de dezembro, às 15:30 (GMT+2). O índice CPI mede a variação média dos preços que os consumidores pagam por uma cesta de bens e serviços. Os dados do índice CPI abrangem diversos perfis de renda, inclusive aposentados, mas não levam em conta grupos específicos, como pacientes de instituições psiquiátricas.
Os EUA mantiveram a inflação em patamares relativamente baixos (cerca de 1–2%) por uma década. Contudo, em 2021 ela chegou a 6,2%; uma máxima de 13 anos.
Além disso, em outubro, os preços ao consumidor no país deram o maior salto em três décadas. Isso aconteceu graças à pressão inflacionária, que segue se espalhando pela economia, colocando o governo Biden na defensiva e aumentando as chances de o Federal Reserve subir os juros no ano que vem.
Os temores de uma nova onda da covid-19 podem atrapalhar os planos do tapering. Porém, tendo em vista que o tapering anda relativamente lento e que o aumento dos juros ainda está bem longe, a inflação nos EUA pode chegar a 10% nos próximos meses. Praticamente todas as publicações do índice CPI vêm sendo acompanhadas de deslocamentos enormes em ativos ligados ao USD e pares de moedas com USD. No último mês, por exemplo, a inflação deu um salto excepcionalmente alto. O USD subiu contra as outras moedas e caiu contra o ouro, que disparou 4.500 pips depois da publicação.
Dada sua importância, os dados do índice CPI são capazes de influenciar o ouro e todos os pares com USD. O ouro é considerado uma forma de proteção (hedge) contra a inflação. Mesmo assim, como os números em alta aumentam a chance de subida dos juros, o metal pode cair contra o dólar.
Confira o calendário econômico
Instrumentos para operar: XAU/USD, EUR/USD, NZD/USD e USD/JPY.
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