Como proteger investimentos no exterior do risco cambial

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Ocorrência de risco cambial

Não há dúvida de que a diversificação é a chave para o sucesso nos investimentos. Os mercados mundo afora não se deslocam da mesma forma. Portanto, a diversificação em classes de ativos com baixa correlação entre si, em proporções adequadas, pode reduzir os riscos de perda de capital. Combinar ativos internacionais e nacionais tende a ter um efeito mágico nos retornos de longo prazo e na volatilidade da carteira. Contudo, essas vantagens vêm acompanhadas de alguns riscos subjacentes.

Investindo no mercado externo

Investidores que aplicam dinheiro no exterior apostam não só na ação ou título em questão como também no mercado de câmbio. Se a bolsa estrangeira na qual eles investiram cresce 5% e, ao mesmo tempo, a moeda desse país cai 5% contra a moeda do país desses investidores, os lucros acabam sendo zerados.

Exemplo: de julho de 1995 a março de 2002, o impacto total do câmbio ocasionado pela alta do dólar foi de -57,3% em comparação com as moedas da Europa, da Austrália e do Extremo Oriente. De abril de 2002 a dezembro de 2011, o impacto da queda do dólar foi de +54,4% em comparação com as mesmas regiões.

É importante que o trader não se esqueça do risco cambial ao investir no mercado de um país estrangeiro.

Proteja as suas apostas nas bolsas

Proteja a sua carteira (hedge) com um fundo de proteção cambial ou invista em um fundo negociado na bolsa (ETF). Esses fundos tiram o risco e permitem se concentrar nos retornos do mercado de ações. O hedge contra a variação do iene japonês teria sido uma decisão sábia nos últimos 18 meses. De 1º de janeiro de 2013 em diante, o índice Nikkei subiu 45 por cento, mas o iene vem acumulando 13 por cento de queda. Muitos ETFs que fazem o hedge cambial foram apresentados no último ano, levando essa modalidade de fundo ao mundo inteiro.

Compre moedas fortes e subvalorizadas

Países com dívida em alta geralmente sofrem uma alta na inflação, sendo esta o principal fator de impacto negativo sobre a moeda de um país. Por outro lado, países com dívida menor em relação ao PIB têm moedas fortes nas quais vale a pena investir. Os investidores devem buscar países que tenham economia sadia e se ater aos mesmos.

O investidor também deve ficar de olho na balança comercial atual, calculada como a diferença entre as exportações e as importações do país. Quando há um déficit que cresce de forma consistente, a moeda desse país corre o risco de perder competitividade.

Títulos no exterior são ativos de alto risco

Os títulos são especialmente vulneráveis a flutuações cambiais, pois contam com menos rendimento para equilibrar as perdas com o câmbio. Investir em um índice de títulos estrangeiro pode render ao investidor de mais dez a menos dez por cento de lucro. Esse valor é o dobro do que um título pode render. Por conta desse fato, o mercado de títulos estrangeiros vira um verdadeiro campo minado, no qual o investidor pode perder uma grande parte de seu capital.

A flutuação cambial tem muito mais impacto sobre os títulos estrangeiros do que as variações nos preços desses títulos. A maioria dos títulos estrangeiros era historicamente emitida em dólar, mas muitos são emitidos em moedas nacionais atualmente. Porém, ainda é possível encontrar títulos emitidos em dólares, que podem ser um investimento mais estável.

Opere vendido em moedas fracas e supervalorizadas

Outra forma de se proteger do risco cambial é operar vendido (short) a moeda de um país com cuja bolsa você trabalha. Exemplo: um investidor pode comprar o ETF iShares MSCI Japan e então vender a descoberto um ETF do iene japonês. Se o iene japonês cair contra o dólar dos EUA, o investidor vai ganhar com a venda a descoberto do ETF dessa moeda.

Investidores que gostam de arriscar mais podem vender a descoberto sem hedge moedas que acreditam que vão desvalorizar. Porém, como toda moeda é negociada em pares, os investidores também têm que comprar outra moeda para realizar essa transação.

Os investidores essencialmente trocam uma moeda por outra. Se eles acreditam que o euro vai perder força contra o dólar dos EUA, a melhor opção é vender essa moeda e comprar, por exemplo, dólar americano. Nesse caso é necessário abrir o par de moedas EUR/USD e vendê-lo (short/operação curta).

Depois de o euro atingir a meta, o investidor o compra de volta por uma taxa mais baixa, sendo o lucro a diferença entre o preço de venda e o preço de compra.

Conclusão

Investimentos em qualquer tipo de ativo no exterior devem ser protegidos do risco cambial. São vários tipos, do mais arriscado ao mais seguro.

A FBS permite ao trader comprar e vender moedas de mais de 15 países, o que oferece um número enorme de opções de hedge.

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FBS Analyst Team

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