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2023-05-05 • Atualizado

A história da negociação Forex

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Atualmente, a negociação de câmbio (negociação Forex) está ao alcance de todo lugar que tenha um computador eficiente e uma conexão estável com a internet. Entretanto, poucos sabem que o mercado de câmbio (mercado Forex) é muito mais antigo do que se pensa. Aliás, ele existe desde a antiguidade, quando as primeiras civilizações humanas começaram a usar o dinheiro e formaram relações comerciais umas com as outras.

Neste artigo, você vai ver como o mercado de câmbio evoluiu ao longo dos séculos e como que a negociação de câmbio moderna surgiu e tomou sua forma atual.

Primórdios da história

A primeira moeda de que se tem registro — o shekel — foi inventada há cerca de 5.000 anos pelos mesopotâmicos. Até então, o escambo era o principal meio de troca. Produtos como peles de animais, sal e especiarias eram muito procurados e usados como meio de troca para outros produtos.

E então, por volta de 700 a.C., povos em vários lugares começaram a usar o ouro (e às vezes a prata) para produzir as primeiras moedas em forma metálica. Essas primeiras moedas ajudaram a desenvolver a economia, trazendo uniformidade e padronização ao comércio.

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O primeiro mercado de câmbio

Com o tempo, vários países surgiram no mundo inteiro, cada um com sua moeda e relações comerciais com seus vizinhos. Por muito tempo, não houve qualquer tentativa significante de criar um setor específico para a negociação de moedas. Porém, no século XVII, o primeiro mercado de câmbio foi aberto em Amsterdã, na Europa. O foco desse mercado era a negociação das moedas do Condado da Holanda e do Reino da Inglaterra, o que ajudou a estabilizar a taxa de câmbio do par formado por essas duas moedas. Daquele momento em diante, o mercado e a negociação de câmbio começaram a ganhar espaço no mundo todo.

O começo e o fim do padrão ouro

Passado mais algum tempo, ficou claro que o uso de ouro e prata no comércio cotidiano era pouco viável, pois não havia tantas moedas de ouro em circulação. Para sanar o problema, os governos começaram a emitir papel-moeda, então definido como uma nota que garantia a seu detentor o pagamento de uma determinada quantia em ouro ou prata.

Esse papel-moeda, entretanto, não tinha valor próprio sem um decreto que o vinculasse ao valor dos metais preciosos. Emitir papel-moeda livremente poderia levar à depreciação da moeda.

Para evitar isso, muitos países optaram por aderir ao chamado padrão ouro. Nesse padrão, os governos vinculavam o valor de suas moedas a uma quantidade fixa de ouro. Por exemplo, se uma onça de ouro era cotada a 1.000 dólares, então o valor de um dólar era igual a 0,001 onça de ouro. Assim, o volume de papel-moeda que um país podia emitir era limitado pelo tamanho de suas reservas de ouro. Esse padrão garantia a estabilidade dos preços e evitava a inflação por causa da incapacidade dos governos de expandir a oferta monetária.

No câmbio, esse novo vínculo entre ouro e valor da moeda facilitou a interligação das várias moedas. Como uma onça de ouro custava valores diferentes para cada moeda existente, essa medida começou a valer como referência para as taxas cambiais.

No fim do século XIX, o padrão ouro estava em vigor na maioria dos países industrializados. Ele gerou melhores condições para estimular o comércio internacional e acelerou a revolução industrial.

Todavia, no começo da Primeira Guerra Mundial, as despesas dos países começaram a superar em muito suas reservas de ouro. Os governos então passaram a ignorar as limitações impostas pelo padrão ouro e emitiram dinheiro a mais, sem observar os volumes de suas reservas de ouro.

No fim da década de 30, com a Segunda Guerra Mundial a todo vapor, ficou evidente que o padrão ouro ficava insustentável quando um país entrava em recessão econômica.

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O sistema Bretton Woods: nova página na história do comércio internacional

Quando o desfecho da Segunda Guerra Mundial começou a ser traçado, os países afetados diretamente pelo conflito militar tiveram dificuldade para se recompor. Em 1944, representantes de vários países do mundo inteiro se reuniram em Bretton Woods, nos EUA, e assinaram o Acordo de Bretton Woods. A ocasião lançou as bases de um novo sistema econômico internacional voltado para o fortalecimento das relações financeiras internacionais.

O novo sistema era em parte baseado no padrão ouro, mas desta vez somente o dólar americano foi fixado em ouro (US$ 35 por onça), pois na época os EUA detinham as maiores reservas de ouro do mundo. Os demais países que aderiram ao sistema (43, além dos EUA), por sua vez, atrelaram suas próprias moedas ao dólar americano, com um desvio máximo permitido de 1%. Quando o valor de uma moeda começava a sair da faixa permitida, o respectivo país tinha que corrigi-lo comprando ou vendendo dólar americano.

Esse sistema deu ao mercado global uma estabilidade muito importante e ajudou a minimizar a volatilidade das taxas cambiais. Ele também alçou o dólar americano à condição de moeda de reserva mundial.

O sistema Bretton Woods durou várias décadas, até os anos 70, quando a quantidade de dólares em circulação pelo mundo começou a superar os volumes de ouro nas reservas americanas. Consequentemente, em 1971, o presidente americano Richard Nixon suspendeu temporariamente o funcionamento do sistema. Em 1973, o sistema acabou de vez.

O sistema de câmbio flutuante

O fim do sistema Bretton Woods abriu caminho para o sistema de câmbio flutuante, em que o valor de uma moeda flutua (oscila) livremente, sem atrelamento ao preço do ouro. Esse novo sistema era — e ainda é — baseado no conceito de moeda fiduciária, cujo valor não é lastreado em commodity alguma e se deve inteiramente ao governo que a emite.

No sistema de câmbio flutuante, o valor de uma moeda pode variar de acordo com a estabilidade e a força econômica de seu país emissor, refletindo também os níveis de oferta e demanda da moeda em questão no mercado de câmbio.

Apesar do fim do padrão ouro, nem todos os países aceitaram o câmbio flutuante. A China, por exemplo, até há pouco tempo manteve sua moeda, o yuan, atrelada ao dólar americano. Atualmente, o banco central chinês até permite a flutuação do yuan, mas intervém quando sua taxa cambial sobe 2% acima ou cai 2% abaixo da taxa mediana do dia.

Mesmo assim, o câmbio flutuante prevalece na maior parte do mundo, dando mais liberdade ao mercado de câmbio e protegendo-o da intervenção governamental.

A era da internet

A internet é uma maravilha do progresso tecnológico que consegue reunir bilhões de pessoas vindas de todos os cantos. Com o novo ambiente digital em funcionamento, o acesso ao mercado de câmbio deixou de ser exclusividade de bancos centrais e grandes instituições financeiras. O surgimento de várias plataformas de negociação online viabilizou o crescimento do mercado Forex e seu acesso por pessoas que hoje conhecemos como traders de varejo ou pequenos investidores. Isso trouxe vários novos operadores ao mercado Forex, que com a ajuda das corretoras podem participar de uma atividade que antes não era acessível ao público.

Como você pode ver, a negociação Forex tem uma longa história, que remonta aos primórdios da civilização humana. Após tantas transformações radicais, a negociação Forex enfim se encontra disponível para todos que têm interesse em ganhar dinheiro com ela. Então vamos lá — aproveite essa oportunidade com a FBS e deixe seu legado na história da negociação Forex!

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