Fala de Trump nas negociações comerciais impulsionou os mercados de risco e fez o ouro recuar
Visão Fundamentalista e técnica:
O ouro recuou nesta terça-feira (14) depois de uma movimentação forte dos compradores, que levaram o preço da onça a uma máxima registrada em abril deste ano, até a região de U$ 1303,23. Este recuo foi alimentado pela recuperação dos mercados de ações e a notícia de que os Estados Unidos e a China adotaram um tom mais otimista em sua disputa comercial.
À medida que o conflito comercial chega a um novo pico, com a China prometendo retaliar com tarifas de US $ 60 bilhões sobre as importações dos EUA, o ouro mostrou-se bastante atrativo aos investidores, chegando a bater $ 1.303 a onça, pois em tempos de crise o metal amarelo, assim como o Iene japonês, tem sido muito procurado por investidores como um ponto de refúgio.
Após a quebra da resistência em U$ 1294, o ouro estendeu seu rali no lado positivo atingindo a marca de U$ 1303,23, o que parecia uma explosão da força compradora em busca de U$ 1305.77. Mas foi esfriado devido a mudança de tom de Trump nas negociações comerciais, assim, o preço vem sendo negociado na região de U$ 1296,20.
Pelo lado negativo do par, no gráfico de 4 horas, já se observa um movimento contrário àquele que deu essa explosão. O indicador técnico RSI já mostra sinais de exaustão e, se esse tom permanecer durante a semana, o dólar poderá correr atrás do espaço perdido tendo como alvo a região de resistência/quebra, que virou um suporte em U$ 1294,59.
No entanto, se o mercado considerar que esse conflito comercial não está prestes a ser resolvido, em breve, o ouro pode voltar a subir, mas a primeira meta é fechar acima de US $ 1.300, para ir a US $ 1.310 e, quem sabe, além.