Banco do Canadá espera taxas mais altas no futuro

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O Banco do Canadá deixou sua política monetária inalterada em sua reunião de dezembro de 2017. Porém, o órgão permite a possibilidade de aumentos de taxa no começo de 2018.

O Governador do Banco do Canadá, Stephen Poloz, deu alguns comentários hawkish em seu recente discurso. Segundo ele, espera-se que o crescimento continue acima do potencial, oferecendo um risco de aumento nas previsões de inflação. Ele também descreveu a política monetária atual como “bem estimuladora“. Tais comentários despertaram expectativas de que uma maior contração da política monetária do Canadá venha em breve. Estima-se agora que a probabilidade de um aumento de taxa em janeiro seja de 35%.

De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de crescimento do Canadá, de 3%, será a maior entre as democracias industrializadas do G7 neste ano, antes de cair para 2,1% em 2018. A economia do país foi impulsionada pelo aquecimento do mercado imobiliário e o crescente endividamento das famílias. Parece haver algumas fundações fortes: forte demanda doméstica, atividade empresarial em melhoria e emprego elevado.

A inflação canadense fica abaixo da meta. Ainda assim, o Banco do Canadá parece pensar que isso pode ser explicado pelo impacto de fatores temporários, tais como capacidade excedente persistente na economia. À medida que os preços da energia subirem, a inflação também subirá.  

No entanto, as dinâmicas econômicas futuras têm seus riscos. A dívida familiar atingiu 171,1% da renda no terceiro trimestre. A principal delas é o possível fim do Acordo Norte-americano de Livre Comércio (NAFTA). Os EUA ameaçaram se retirar do acordo a menos que o Canadá e o México concordem com grandes concessões. Caso isso aconteça, o dólar canadense sofrerá muito, pois 75% das exportações do Canadá vão para os Estados Unidos. Além disso, regras de hipoteca mais rígidas entrarão em vigor em janeiro e ainda há de ser avaliado como a economia está reagindo aos dois aumentos de taxa de 2017.

“Dados os fatores incomuns em jogo, o banco está monitorando esses riscos em tempo real – o termo que usamos para isso é dependente de dados – em vez de empregar uma abordagem mecânica à definição de políticas“, disse Poloz.

Foi um ano volátil para USD/CAD. O par inicialmente se fortaleceu para quase 1,3800 em abril, mas então caiu para 1,2060 em setembro. O dólar canadense vem novamente perdendo força nos meses finais de 2017, então USD/CAD subiu para 1,2800.

 

FBS Analyst Team

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