2023-01-04 • Atualizado
Foi um início de ano bem agitado para o dólar americano que disparou no início da sessão da Europa mostrando forte demanda, e se manteve forte ao longo do dia, apesar dos rendimentos do Tesouro dos EUA caindo ligeiramente. Nem os dados encorajadores da Alemanha, que mostrou uma forte recuperação no emprego, foram suficientes para animar os touros do euro e nem dos principais rivais.
O sentimento do mercado permanece suave, já que grande parte dos investidores estão de férias, o que sugere que o forte movimento do USD está mais ligado ao interesse especulativo.
Nessa quarta-feira, os Estados Unidos publicarão o PMI Industrial do ISM, previsto em 48,5, abaixo dos 49 em novembro. Já ne segunda metade das bolsas americana, o foco será a Ata de Reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto-FOMC. Certamente os participantes do mercado buscarão mais pistas sobre o que o Federal Reserve dos EUA decidirá a seguir sobre sua política monetária.
O Federal Reserve elevou a taxa dos fundos federais em 50bps para 4,25%-4,5% durante sua última reunião de política monetária de 2022, elevando os custos de empréstimos ao nível mais alto desde 2007, porém alinhado com as expectativas do mercado.
O FED agora aumentou a expectativa de juros para uma faixa de 5,1% para 23023, 4,1% em 2024 e 3,1% em 2025, um nível mais alto do que o indicado anteriormente.
Os investidores estarão atentos em busca de alguma nova pista que direcione as ações futuras nos juros do FED. Poderia ser 2023 mais um ano promissor para o dólar americano?
O par EURUSD mudou radicalmente a sua postura técnica no curto prazo, depois que literalmente desabou das máximas de 1.0700, para 1.0518, onde encontrou uma almofada que defendeu temporariamente a zona psicológica de suporte em 1.0500.
Uma demanda renovada em torno do dólar américa, fortaleceu a moeda em toda linha, antes das Atas do FOMC e dos Relatórios de Emprego de sexta-feira. Isso mostra a importância de se negociar posicionado aguardando o preço.
No momento o par é visto pairando em torno de 1.0560, e corre o risco de novas quedas, logo, ordens de Sell Limit podem ser consideradas próximo a sua resistência chave em 1.0580, com alvo primário na mínima de terça-feira, e como extensão a zona psicológica de 1.0500. Ainda pelo lado negativo, deve ser considerada uma ordem de Sell Stop abaixo dessa zona psicológica, pois um fechamento sustentado abaixo dessa, abriria as portas para 1.0450.
Por outro lado, os touros agora precisam encontrar demanda acima de 1.0600, para um reteste a sua zona crítica de resistência em 1.0650. Ordens de compra devem ser consideradas caso o preço salte acima de 1.0610, com alvo em 1.0650, que deve oferecer forte barreira, pois encontraremos uma confluência das médias móveis maiores de 100 e 200 períodos, de acordo com o gráfico horário. Os indicadores técnicos sugerem vendas, com o MACD corrigindo, antes de voltar a apontar para o sul
Preço de abertura do dia: 1.0547
Máxima: 1.0569
Mínima: 1.0540
Nesta terça-feira, a zona do euro e o Canada divulgarão a leitura do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de agosto, enquanto nos EUA, serão liberados dados de habitação e as licenças de construção
Entramos na semana das grandes decisões onde quatro grandes bancos centrais estarão realizando suas reuniões de taxas de juros: O FED dos EUA, o BoE da Inglaterra, o SNB da Suíça, e o BoJ do Japão
Nesta sexta-feira o calendário econômico estará mais suave, com dados de segunda linha sendo liberado nos EUA, como a produção industrial de agosto, e a confiança do consumidor do Michigan
Os mercados estarão atentos aos números dos EUA, buscando pistas, já que economia americana pode ter entrado em uma contração, uma vez que o PMI de serviços da S&P Global registrou apenas 50,2 no mês passado, muito próximo a contração que é abaixo dos 50,0
Depois do arrefecimento da inflação no Reino Unido, é bem provável que o BoE pause os aumentos como fez o FED, ou incremente um aumento 0,25% que poderá pesar sobre a libra. Já o SNB permanece brando podendo elevar sua taxa para 2,00%
A expectativa de inflação alta no Reino Unido vem colocando o BoE em estado de alerta máximo, enquanto o FED dos EUA parece pronto para pausar o aperto em setembro
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