
O clima de risco e os comentários agressivos de Powell do FED sustentam a força USD
2022-06-24 • Atualizado
Nas últimas duas semanas, aumentaram os sinais de uma possível desaceleração na economia global. A pandemia continua prejudicando a atividade econômica na China, a guerra na Ucrânia segue impactando a economia europeia inteira, e os esforços do Federal Reserve para controlar a inflação ameaçam provocar uma recessão.
As vendas no varejo na China, principal medida do ritmo de consumo, tiveram 11,1% de queda (ano a ano), contra os 6,6% previstos. A produção industrial, que sustentou a rápida retomada econômica do país após o choque inicial da covid-19, teve 2,9% de queda.
Na Europa, a Comissão Europeia projeta para este ano um crescimento de apenas 2,7% da UE e da zona do euro, bem abaixo dos 4% previstos anteriormente. Dado que a inflação deve passar dos 6% neste ano, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou apoio a uma alta dos juros em julho, abrindo caminho para o primeiro aumento de taxa na zona do euro em mais de dez anos.
Nos EUA, a inflação anual segue no mais alto patamar em 40 anos e há um risco considerável de recessão. Nesta semana, o ex-diretor do Goldman Sachs alertou para o “risco muito, muito alto” de uma recessão. Segundo o Wells Fargo, não há dúvida de que um revés se aproxima no horizonte. O ex-diretor do Fed alertou que os EUA devem entrar em um cenário de estagflação, economia em desaceleração e desemprego alto, bem como alta da inflação. A chance de uma recessão no momento gira em torno de 30%, conforme uma pesquisa feita pela Moody's e uma enquete feita pelo Wall Street Journal.
A principal preocupação é se o Fed vai aumentar os juros rápido demais, acabando com o crescimento econômico. Juros em alta contêm a inflação ao dificultar o acesso ao crédito, encarecendo a aquisição de bens e serviços pelos consumidores e a expansão e contratação das empresas.
Se o Fed errar, uma alta brusca pode interromper o crescimento e causar uma recessão. Com o banco central americano agindo agressivamente para domar a inflação, não resta dúvida de que uma contração se aproxima, ainda que ela não evolua para uma recessão.
O cenário não é totalmente pessimista. Alguns indicadores econômicos mostram que a retomada segue no caminho certo e que a economia dos EUA continua firme:
1. A produção industrial nos EUA teve em abril seu quarto mês seguido de alta, atingindo uma máxima de 15 anos.
2. O consumo nos EUA — que responde por dois terços da atividade econômica — permanece forte, com as vendas no varejo mostrando bom crescimento em abril.
3. O mercado de trabalho também continua forte, com 428.000 empregos criados em abril — este foi o segundo resultado mensal consecutivo a superar as previsões. Se esse ritmo for mantido, os EUA vão alcançar o pleno emprego até julho.
No fim das contas, apesar do crescente temor de uma recessão ou tendência de queda, as condições ainda são favoráveis. Por exemplo: ainda não vimos demissões em massa, um sinal de recessão. O consumo — que responde por cerca de 70% da atividade econômica americana — vem se mantendo de pé. Se o consumo desacelerar repentinamente, o impacto será imediato e negativo: os lucros das empresas vão cair e os empregadores vão começar a demitir funcionários para conservar suas margens. No caso do dólar americano, os indícios de uma iminente recessão vão fazer mal à cotação, ao passo que boas notícias econômicas vindas dos EUA vão fazê-la subir.
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